hoje sinto-me nostálgica
não tenho vontade de nada, só me apetece a minha cama...
sinto-me bem isolada na minha solidão, sem ter ninguém a chatear-me
não pudeste estar comigo, isso pôs-me triste, sem animo
sinto tanta falta do teu cheiro, do teu gosto...
quero poder cheirar-te todos os dias, sentir as tuas mãos macias na minha pele, o teu olhar quente sobre mim
mas sendo tudo isto impossível por hoje, quero apenas o conforto da minha cama, a minha almofada a aconchegar o meu rosto, sentir o meu corpo envolto pelos lençóis e cobertores...
sentir que estes compensam a ausência do teu carinho
sinto-me triste
quero-te junto a mim
2 comentários:
olá! Vejo que a tulipa_sentimental se deu a conhecer, aos seus leitores! É mudança e tanto! A tua fotografia fica muito bem no teu cantinho. És muito bonita! Isso são saudades do teu Amor. Boa sorte para esse relacionamento! Normalmente, a nostalgia aparece, quando chove.... De vez em quando, também sinto falta de uma pessoa especial, mesmo sem nunca ter dormido com ela e mesmo que o namoro tenha durado pouco tempo...e já lá vão 3 anos! Mas um dia hei-de encontrar alguém...haja esperança! beijos
hoje já li!!
e não, não dou o meu nr de telemovel a toda a gente pela net, haverá acasos?
Nada está viciado, sei que lá estive
e vi-te olhar para mim como lírio vivo
a desabrochar no sol madrugador da Primavera,
não dormimos nesse dia,
fomos colher morangos à beira do riacho
encontrado por acaso no topo
duma montanha amarela, empinada
para este sonho vertiginoso e celestial
que quando acontece é como se
não existissem catedrais nem orgãos suficientes
para comporem a sinfonia de silêncio
que nos uniu, nesse dia
fizemos amor, rebolando consoante as
sombras das árvores e enquanto o
tempo passava com víboras intensas
a bailar um transe de separação,
nunca, jamais, fomos inundados
de ramagens e tendões tão divinos, a sílaba
foi esta, natureza pura, obstinada
em catacumbas herméticamente fechadas
por revelar, na combustão das candeias,
à lareira, nesga com cheiro sincero a incenso,
peles nuas a tocar o mármore frio,
a doce aragem de sépia a escaldar,
a poesia que me deste soou a renascer
e compreender que engoli centígradas
despovoadas de neurose, sopraste-me
para acalmar o suor da face de pinguin
endoidecido de surpresa coincidência, fomos
massajados pelo afecto comum,
plumas, rebentação e espanto emergiram
juntos no momento em que algo
no coração possibilita união, solenes
bolbos de jacintos plantados no desejo
da tua primeira silhueta me ter atingido
no centro harmónico deste ritmo absurdo,
salvaste-me, vilipendiarei mosteiros,
despejarei bancos, resgatarei gargantas
para nos libertar do nevoeiro soturno que
tenta apoderar-se tal qual parasita tagarela
a pregar que tudo já foi dito, não
desistas rutilante musa das costuras incríveis,
somos únicos, só nós sabemos,
nunca nos perderemos aconteça o que acontecer,
aproveitando cada percurso desertificado
emergiremos do cal como esculturas de esforço,
girassóis de sins banhando-se em fontes
de ventos e argila fervorosa, a tudo imunes,
nada desperdiçando, sempre que estamos juntos
todos são enterrados na vitória abençoada
que iluminou a decisão de devolver
sementes à realeza, tanto revólver de iminência
suspirou e afastou-se sem chama, padrão
usado num instante, nada disso, ao contrário,
nunca te esqueças que cada engano
emana bobines de ultrajes prescritos,
paixão desencandeia pavores lancinantes
como chuveiro fresco num dia de Verão,
deita fumo à ferida que doeu e tanto esperou,
lavaste-me da depressão que acolhe
e castra possibilidades tão diversas de
te fazer sorrir, cambaleares a abraçares-me,
fico abismado perante o privilégio, Blackjack
deu a conhecer a reacção, algo se completou
no sobressalto d’adrenalina cultivado
nesta praia restricta de dunas movediças
e ondulantes que nos embalaram possúidos
por berços insanos de curiosidade encarnada,
choraremos delírios impressionantes e
valerá a pena guardá-lo porque tudo passa,
nunca basta, nunca é demais que transborde,
só ciúme despejado e ressentimentos não ditos
podem abafar a indescrítivel alienação aurática
que nos protege contra todas as balas,
em braçadas, perseguindo a alegria contagiosa,
é campo aberto com malmequeres
entreabrindo-se, vendo respirar o divertimento
deitado a meu lado nesta cama acolchoada,
por entre pétalas rasteiras vivo em fotosíntese
defronte a tal céu de nuvens reais, sem fome
nem dores, assoei-me cordialmente a teu cabelo
e ninguém se ofendeu, evaporou-se e
perdoaste-me, já sabes do descontrolo e estás à espera
de veres agir assim quem te estimula, a cada dia
que relembro onde começou, apodera-se
nativo novo alento para sempre que nos vemos
lá permanecermos, doidos e encandeados
por feixes granulados de cores e formas oníricas
a quem damos vida, nomes, contos, histórias dum
oráculo recente, inventamos vestuários e
fruta sem pesticida, sabe bem não te abandonar,
venham provocar-me lavrando flancos faiscantes
que aguardo aqui, a fumar meu cigarro,
já tocado pelas cervejas, a relembrar a leveza
cujo Olimpo feriu atingido, pode ser banalizada
mas seria mentira suicida, estou embrulhado
só para me partilhar contigo, sucesso invocado
num oásis que bruxuleou sem raciocinar,
tinha que ser, não seria solução patinar
para longe por precaução de compromisso,
parecidos como bolas de sabão a esvoando,
és cebola sublime que descascarei lentamente
como escaldante tulipa de lábios estrelados,
tão atraente tua cara vista bem de perto,
sem precauções, consentimento súbito só
com a intenção de dar esta carícia imaculada
arrastando meu mindinho molhado,
tenramente, ao longo de tua fina espinal medula,
até me arrepio, sempre que te toco sei
que seria maneta se te perdesse de repente,
comeria chagas e queria ser atropelado por locomotivas,
um beicinho nítido a escarnecer a vulgaridade
que assimilaste de mim, mesmo assim
te diria que és tão especial cuja essência que ressoa
na tua ausência lacrimeja, avassala de súbito
tudo o que fui, devastando qualquer distracção
espero-te pacientemente, não te vejo à dias
perdido em ninharias incomparáveis a Ti,
apoteose narcótica e incurável sem tua alma,
preciso de oferecer a prenda mais escabrosa que
tente alcançar o sufocante idílico da tua presença
permanente, empunharei teus dentes luzídios
como memória de cada molécula de meu corpo
que desprezo perante a possibilidade de tal empatia,
vamo-nos renegar a reinvindicar o
sortilégio predilecto que nos assolou duma acentada,
trunfos carecas na mesa, nada evitarei dispensar e
encorajar nesta ode de tortura enseada, emerjo novo,
necessito que encurrales esterco em bençãos e
nossa aproximação porca será um pôr-do-sol com
pequenos flocos de neve onde tombarei inteiro
por entre a vacuidade dos livros inscritos,
estou perdido, saudades são a raíz da gravidade
diletante desta situação suspensa em
canteiro plantado por seio de entranhas grotescas,
tais simbioses vão sucedendo vazias,
peças perdidas dum futuro desconhecido e,
nas profundezas da consciência
adormeço contigo a abanar a cauda escamada,
afastando restos de tradição para atracar
na raridade das pérolas da Tua perfeição,
abre os braços e vamos viver como se nada existisse,
sou mero camarão e teus cantos suaves
emaranham minha carapaça em novidades tão cáusticas
que desfaleço mais e mais e mais e mais,
minha medusa das ninfas de todos os elementos
esquece o sono e que nada nunca mais tenha fim...
second chance =?
918183662
fim de tarde
por-do-sol
adamastor
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